
Craig Armstrong nasceu em Glasgow, Escócia, no dia 29 de abril de 1959. Formado pela Academia Real de Música de Londres, muito antes da sua formação, já evidenciava uma inclinação para o pop. Tão logo completou sua formação musical com violino e piano na Academia, passou a receber convites da Academia Real Shakespeare e também da BBC para produzir trilhas sonoras para series televisivas. A habilidade de Craig Armstrong ao trabalhar com cordas, por exemplo, é fruto dos sete anos em que com muito afinco estudou violino, apurando a gama de expressão e intensidade do instrumento.
O seu conterrâneo o ator e diretor Peter Mullan, convida Craig Armstrong para trabalhar na sua primeira trilha sonora para um longa metragem, aconteceu por ocasião do filme ORFÃOS de 1998, uma comédia com pitadas dramáticas. Isso foi o suficiente para aguçar o seu interesse em entrar para valer no campo das trilhas sonoras para o cinema. Mas foi em 1999 através do filme OS SAQUEADORES, que ele pode mostrar também que nem só o lado erudito renderia belíssimos temas instrumentais, mas também a sua habilidade em prospectar canções que se moldassem perfeitamente na história contada na tela. Afinal de contas, sua experiência pop com Madona, U2, Bjorg, Massive Atack foram determinantes para evidenciar sua competência no trato musical. Mas efetivamente foi a partir de 2000 que sua carreira decolou rumo ao sucesso e também ao reconhecimento com prêmios pelo seu trabalho apurado e de extremo bom gosto. Por exemplo em 2002 ele conquista um Globo de Ouro pela trilha sonora do musical MOULIN ROUGE, além do BAFTA, que é o Oscar da Inglaterra. Uma outra trilha sonora super badalada de Craig Armstrong, onde mais uma vez ele mistura a parte instrumental com uma seleção de canções apuradíssimas, foi em SIMPLESMENTE AMOR de 2003, filme dirigido pelo neozelandês Richard Curtis. As comédias possibilitam uma abertura de horizonte onde a criação pode enveredar até mesmo por temas que possibilitam pitadas musicais de ironia.
Em 2005 é a vez da cinebiografia de Ray Charles em RAY, que valeu-lhe o Grammy.
Mas afinal de contas, qual foi o momento da carreira de Craig Armstrong onde ele foi capaz de afinar os instrumentos e apurar o seu trabalho que seria aplicado no cinema? Bem, lá trás na sua cidade natal, Glasgow, uma experiência bastante rica foi o trabalho desenvolvido junto a Companhia de Teatro Tron. Foi esse trabalho também que lhe abriu as portas para atuar na Orquestra de Câmera da Escócia e até mesmo na própria Orquestra da Academia Real de Música. Durante cinco anos, Armstrong trabalhou junto com a banda The Kindness of Strangers que pelo seu repertório acabou ampliando o universo de apreciadores e com isso contribuindo para que Craig apurasse ainda mais a sua sensibilidade no tocando a mexer com as emoções do publico.
Hoje o compositor Craig Armstrong já tem um acervo quase quatro dezenas de trilhas compostas para o cinema, que lhe renderam 13 prêmios, além de indicações para outros 11.
Enveredando por distintos gêneros cinematográficos e encarando os mais provocantes desafios, a densidade do trabalho de Craig Armstrong também pode ser medida por meio de trilhas mais densas como o foi o caso de AS TORRE GEMEAS de 2006 e SNOWDEN: HERÓI OU TRAIDOR ambos os filmes do cineasta Oliver Stone.
Na sua trilha para o filme VICTOR FRANKENSTEIN ele promoveu um mergulho no passado, nos anos oitenta a partir dos primeiros sintetizadores, aliás Graig tem uma pequena coleção deles e quando tem a oportunidade, claramente se debruça na musica eletrônica misturando com a sinfônica.
Craig Armstrong continua se dedicando a sua carreira concertista e no dia 25 de maio ele tem uma apresentação prevista na sua cidade natal, Glasgow, Escócia.
Clicando no áudio você ouvirá o programa A Música no Cinema em homenagem ao compositor Craig Armstrong.